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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MORRE MESTRE HUMBERTO BALOGUM/UMA BIBLIOTECA QUE SE PERDE

Mestre Humberto Balogum Morre um griot: uma biblioteca que se perde Por Sandra Martins Morreu, ontem, 12 de agosto, no Rio de Janeiro, um dos últimos guardiões da tradição Angola-Congo, mestre Humberto Balogum, aos 90 anos, com câncer na próstata. Doutor em percussão e poesia, este profeta da Lapa advogou para um grupo, que durante muito tempo foi marginalizado, etiquetadas como prostitutas. “No crime, eu ajudei muito as mulheres. As mulheres, as ‘borboletas do asfalto’, elas eram perseguidas. A polícia as prendia e eu as soltava.” Carismático, este griot brasileiro, em 2005, foi protagonista de um documentário dirigido por Rodrigo Savastano. Neste curta, “Humberto Balogum”, falado em português, alemão e quimbundo, o poliglota da Lapa, canta e cita Sócrates. Entre falas memoráveis, uma declaração de amor a sua esposa, que veio a falecer pouco tempo depois da gravação do curta. “Não é minha esposa, segunda mãe que tenho, a qual eu amo e venero e, tenho como a pessoa mais importante da minha vida: é minha esposa Marleide Hesse, parente do grande escritor Hermann Hesse.” Em 2008, na segunda edição do projeto Jongá – Cantos de Fé, de Trabalho e de Orgia, realizado no Caixa Cultural Rio de Janeiro, Mestre Humberto Balogum, um dos últimos guardiões da tradição Angola-Congo, ministrou ‘workshops’ de percussão. S.Martins

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