Pianista Andrea Luisa divulga a cultura brasileira em Portugal clique aqui para ler a reportagem na íntegra.
Andrea Luisa - Musicista brasileira
A pianista brasileira Andréa Luisa Teixeira, mestre em musicologia, pesquisadora do Centro de Folclore e História Cultural, do Instituto do Trópico Subumido da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, é tambem integrante da diretoria da Comissão Goiana de Folclore e conselheira internacional de música da Unesco.
Atualmente reside em Lisboa, onde faz doutoramento em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa. Para além do doutaramento, Andrea tem uma agenda dinâmica, preenchida com várias actividades, desde recitais para piano, também como productora de eventos musicais oriundos de Brasil em Portugal. Ela própria trouxe às terras lusitanas a Orquestra Barroca da Amazônia, “Música Surda” e a sua terceira produção, será a apresentação do projeto composto de um livro e um CD, com a participação da atriz brasileira, Larissa Malty.
Andrea Luisa, falou ao CulturaBrasil-Portugal.com do seu interesse pela música, desde a infância, do desenvolvimento profissional, até os dias de hoje.
CBP- Você começou a estudar música aos 4 anos. Isto significa que seus pais também são músicos, ou simplesmente uma apreciação pela arte?
Andréia Luisa – Aprendi as primeiras notas com minha mãe, que havia estudado acordeon e guitarra. Meu pai é um apreciador e sempre incentivaram o estudo da música.
CBP- Desde quando exerce o seu trabalho profissionalmente?
A.L – Comecei a fazer estudos dirigidos de piano aos 14 anos, trabalhando em uma Escola de Música. Actualmente estou de licença da Pontifícia Universidade Católica de Goiás onde trabalho como etnomusicóloga e da Universidade Federal de Goiás, como pianista acompanhadora.
"Portugal tem uma cultura bem semelhante a nossa"
CBP - Você tem sido galardoada com os mais altos prêmios. Que significado tem isso para você e, qual deles lhe deu mais prazer em receber?
A.L - Os prêmios vieram pelo esforço do estudo, que chegam como estímulo para continuar. Fiquei muito contente com o primeiro lugar e melhor intérprete de Villa-Lobos em São Paulo e com o terceiro lugar no Concurso Internacional em França.
CBP – O programa que produziu intitulado “Reseiros da Lampinha”, tem haver com as festas dos Reis que também se celebra em Portugal? (Autora do livro “A Densidade do Próprio na Folia de Reis”).
A.L – Sim, as “Folias de Reis” foram para o Brasil através de Portugal.
O vídeo documentário que produzi foi filmado em 1998 e 1999. Ele mostra a riqueza cultural da região de Correntina, Bahia. Na época, cataloguei 52 grupos de Folias na região, porém, para o documentário me detive somente em três. A partir do documentário surgiram os CD’s e este ano um pequeno livro chamado a “Densidade do Próprio na Folia de Reis”.
CBP - Estou curiosa sobre a “Música para Flautas dos Índios Xinguanos”. Me fala um pouco sobre isso.
A.L – Escrevi um artigo sobre Música para Flauta dos Índios Xinguianos através de pesquisas feitas na década de setenta pelo Jesco von Putkamer. O material sonoro está no Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia da PUC-GO. São registros muito interessantes, pois vários grupos utilizam as flautas para festas e para os rituais.
"Além do doutaramento que faça aqui, divulgo a cultura do nosso país
CBP – Estivemos falando do seu passado, agora é a vez de falarmos no presente e futuro. Por conseguinte fala da tua experiência com o Doutorado em Lisboa.. Está correspondendo às tuas expectativas?
A.L - No momento vivo em Lisboa para fazer o doutoramento em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa, onde tenho o apoio necessário para desenvolver o projeto sobre as Óperas Cômicas Portuguesas de Antonio José da Silva, o Judeu. A expectativa já foi superada. Tenho a melhor orientação que poderia ocorrer.
"Apresentei um vídeo documentário sobre as “Folias de Reis”.
CBP - Seus projetos futuros!
A.L - Após conhecer Portugal e verificar de perto o quanto nossas culturas se complementam, espero poder continuar divulgando a música Luso-Brasileira.
CBP – Neste curto período que está em Lisboa, além do doutoramento o que mais tem feito.
A.L – Estou sempre ligada à música, fiz um concerto de piano a quatro mãos com a pianista francesa Paula Grimald, só com música francesas e participei de um congresso de Congresso de Etnomusicologia Ibério- Americano, onde apresentei um vídeo documentário sobre as “Folias de Reis”. Fiz também algumas produções; trouxe do Brasil; Orquestra Barroca da Amazônia, “ Música Surda estou participando de mais uma apresentação do Brasil. Será o lançamento do livro com titulo; “Alumeia – O Cerrado que a Velha Conta e com um CD encartado dentro do livro. Cujo o titulo; O cerrado que a velha Canta”. Fruto de uma pesquisa que fiz com atriz Larissa Malty, que faz apresentação, interpretando a velha que conta a história do cerrado. O lançamento será, quarta-feira, 11 na livria Buchholz de Lisboa e depois no Porto.
“Alumeia” faz parte do projeto “Sons do Cerrado“, nasceu em 2000 após terminar minhas pesquisas para o mestrado em etnomusicologia. São causos, lendas, música tradicional, enfim, tradições ainda pouco estudadas e divulgadas. Este Projeto já conta com 13 volumes de CD’s com a participação dos cantores; Carlos Malta e Zeca Balero.Foi lançado há um ano e meio no Brasil, ganhou vários prêmios no Brasil; Pixinguinha, Itaú Cultural e prêmio Rodrigo Melo Franco de divulgação do Patrimônio Cultural na Região Centro Oeste.
Um comentário:
Grande Andrea, estou aqui esperando as novidades sobre Trairas
parabens!
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